Wednesday, September 27, 2006

Nova era, nova vida. Ou seria nova pod era, nova pod vida.

É povo... e a vida continua, sendo que, especialmente desta vez, melhor.

Há um bom tempo que somos abençoados com a siglazinha mágica "mp3". Com aquele arquivo relativamente pequeno em conjunto, claro, com a também abençoada internet, mudamos a maneira de ter acesso à música.
De repente podíamos ter discografias inteiras com uma enorme economia financeira (obrigado pirataria!) e de quarto (ou você acha que ter 2000 cds não ocupa espaço?). Tudo estava alí naquele cubo tediosamente bege que muitas vezes traz mais trabalho que economia de tempo - aquela conversa de que tecnologia te dá mais "tempo ocioso" era balela, mas aí é outra história.

Novas descobertas sonoras nem precisavam mais de buscas em sebos empoeirados (me perdoem os tradicionalistas místicos) ou rios de dinheiro num álbum importado. Nem sequer aquele padrinho musical que os privilegiados podiam ouvir emprestado "In a glass house" do Gentle Giant ou afro-cuban jazz.
De uma hora pra outra o acesso democrático a música se instaurou. Ou pelo menos quase isso.


Tudo muito bonito. Depois do download seleciono os arquivos para a tracklist "and hit the play".

Hmm... mas a escolha das músicas depende de mim. Não quero a obrigação de escolher.

Seleciono todas as pastas de áudio e pressiono o shuffle.

Certo. Mas o universo permanece finito. Quero algo que vá além.

Além das indicações dos amigos posso buscar nesses blogs da vida novas canções, novos álbuns, novos artistas, novos velhos artistas.

Não adianta, é sempre tendencioso, e de certa forma sem surpresas e dinâmica.

Rádio? Sem chance. Não se consegue ouvir música de boa qualidade nele, pelo menos por aqui.


Todo esse blá-blá-blá para partilhar minha satisfação e celebrar tardiamente a resposta-de-todos-os-meus-problemas: Podcast.

Não surgiu de Steve Jobs, porém com parte do mundo virando uma maçã e a outra desejando ser uma (favor da dupla iTunes/iPod), o Podcasting está consolidado.

Não intento fazer um compêndio, mas o dito cujo é um programa de rádio que pode ser ouvido a qualquer momento e em qualquer lugar (que toque o arquivo de áudio, geralmente adivinha qual).

E tem mais, a "transmissão aos pods" pode ser feita por qualquer um com o mínimo de equipamento e vontade, profissional ou não, e daí meu amigo... daí abrem-se portas para o aparecimento do conteúdo de qualidade.

Hmm... agora sim.

Vida nova, vida boa é carregar meus podcasts favoritos no celular e ter prazer durante o diiia inteiro.

Jerônimo Caixapreta


p.s.: Um bom item pra também adicionar na lista do domingo. ;)

Permitam-me indicar um trio deles:
http://nightpassage.blogspot.com/ :: Ao contrário do rock, o jazz não morreu. Está aqui a prova.
http://gwerneck.libsyn.com/ :: O cara é bom, muito bom.
http://www.badtrip.com.br/batata/ :: Tem umas coisas interessantes, de preferência ouça os mais antigos.
http://nightripping.blogspot.com/ :: Pelo visto era fogo de palha. Mas só tem coisas boas de blues.

4 Comments:

At 9:45 PM, Blogger Guilherme said...

Desculpe-me a intrusão, mas pensei que talvez o post mereça uma prequel =) :

Num distante passado, estava escrito que a música foi criada livre, mas reservada para seu executor e sua platéia. Milênios se passaram e o elemento chamado Thomas Edison fez o favor de aprisioná-la em seu fonógrafo. A música não mais se perdia na execução. Em seu casulo, ela acabou virando um bom produto de mercado. Warner et al que o digam.

Mas não é que o mp3 liberou o gênio da garrafa?

 
At 11:14 AM, Blogger Ivo Brunet said...

Olha aí!

 
At 3:31 PM, Blogger Ivo Brunet said...

Agora vai!

Mas veja só, o interessante é que, ao contrário do que se pode pensar, mesmo com as portas escancaradas a porcentagem de pessoas que ouvem "boa música" não aumentou consideravelmente.

Está lá pra todo mundo mas são os mesmos que correm atrás. Apenas de uma forma mais fácil.

 
At 3:02 AM, Anonymous Anonymous said...

ler todo o blog, muito bom

 

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